Aquela senhora de uns 70 anos sempre
usa uma calça escura e larga, uma camisa de uma cor só, sem estampas. Ela usa aqueles
óculos de avó, tem um celular com uma capinha super grossa para nunca, jamais,
quebrar.
Ela sempre digita com o dedo indicador
e demora muito tempo para responder um simples “oi”. E quando você encontra, a
primeira coisa que ela fala é: “então como vão os namoradinhos?”
Quando vai algum lugar ela anda
naquela velocidade que você tem que acompanhar e demora um tempão para chegar
em um lugar ao lado de casa.
Daí ela está conversando e usa aquelas
gírias que você não tem a menor ideia do que significam. Quando ela chama o
“tinder” de “tender” ou “temaki” de “tamaki”, então você corrige, mas ela
continua falando errado sem entender nada.
Também é comum a mãe falar que o filho
não pode comer doce e ela sempre dar escondido.
E o melhor é aquela comida deliciosa, que só ela faz, do jeitinho dela, mas quando você começa a comer parece que
nunca mais vai parar, se você fala que está cheio ou que não quer mais ela
continua te oferecendo e você não tem como dizer não. E então você está saindo
da casa dela e leva um monte de comida que sobrou do almoço.
